quinta-feira, 1 de abril de 2010
Os Deuses e a Administração - Dionísio
"Por último, a Cultura Existencial, representada pelo deus Dionísio e a figura de um agrupamento individual de estrelas, reunidas em um círculo.
Dionísio nasceu pobre, filho de Zeus, concebido fora do casamento, e por isso é vítima da ira de Hera, esposa de Zeus, que ordena aos Titãs a execução de uma implacável lição para servir de exemplo à outras deusas ou mulheres que ousem traí-la com seu infiel marido.
Os Titãs raptam o menino e após despedaçá-lo colocam-no numa panela sobre o fogo, do qual ele é salvo por sua avó, enquanto sua mãe é queimada. O trabalho da avó em juntar seus pedaços fez com que ele adquirisse uma forma parecida com a anterior, e quando jovem, tornou-se extremamente parecido com o pai.
É entregue às ninfas para que o protejam da ira de Hera, e neste local dedica-se ao cultivo de uvas que mais tarde transforma em vinho. No entanto, não consegue fugir da perseguição de Hera, que mais uma vez o atinge e lança sobre ele a loucura, que o torna obstinado na busca de uma vingança contra seus perseguidores.
Sendo protegido por Zeus, saiu-se vitorioso nestas batalhas e retornando ao convívio com as ninfas, dedica-se à transformação das uvas em delicioso vinho, divulgando seu produto em todo o universo conhecido, que o utilizavam em festas religiosas.
No Império Romano, Dionísio foi chamado de Baco, e as festas dionísicas, antes religiosas e agrícolas, transformarem-se em bacanais, festas privadas e escandalosas que se estenderam por todo o império.
Dionísio também ficou conhecido como um deus preocupado em estabelecer uma moral de validade universal, cultuando as almas imortais e a possibilidade de todos alcançarem a eternidade por merecimento, como ele e sua mãe, salva das chamas quando Dionísio tornou-se um dos doze deuses do Olimpo.
No culto romano, foi seguido por outros deuses que procuraram encontrar uma explicação para o mistério da vida e um sentido à existência numa sociedade que alcançou um nível cultural e material elevado, seguido por uma profunda crise moral.
Para Dionísio, somente ele representa a ideologia existencial entre todos os outros deuses, onde o existencialismo apregoa que somos responsáveis pelo nosso destino, independente da vontade dos deuses.
Em todos os outros tipos de cultura, o indivíduo tinha clara a sua participação na organização, onde procura ajudar a organização a atingir seus objetivos, sendo por isso recompensado.
Na cultura existencial, a organização existe para que o indivíduo atinja seus objetivos pessoais, sendo que a saída de uma ou outra estrela não afeta o modo de agir dos membros restantes, pois eles não são interdependentes, funcionando como uma associação de profissionais onde o talento e a habilidade pessoal é a chave para o sucesso.
Cooperativas, associações profissionais, universidades e clínicas se encaixam neste perfil, e a administração é vista como uma tarefa menor e com menos prestígio, onde as tentativas de gerenciamento são ignoradas em favor da individualidade e profissionalismo. Em geral as pessoas com características de Dionísio se apresentam citando suas profissões e não o cargo ou usando o nome da organização para a qual trabalham.
Os quatro deuses apresentados são bastante semelhantes e foram colocados pelo autor em uma ordem significativa. Primeiro Zeus, que é como a grande maioria das organizações iniciou, após um período em que o líder era o centro da organização, tornou-se necessário organizar o trabalho, então surgiu Apolo com sua cultura-de-função. O desenvolvimento de novos produtos que garantissem o crescimento gerou Atena, cuja criatividade das equipes era primordial. A evolução tecnológica e a complexidade decorrente dela gerou o aparecimento de Dionísio com sua alta especialização.
Esta ordem também foi seguida pela história onde as primeiras organizações, como a construção de estradas de ferro e as minas de carvão exigiam líderes fortes e dominadores, como Zeus. A revolução industrial criou a necessidade da cultura-de-função onde mais tarde Taylor e Fayol ditariam normas que persistem até os dias atuais. As novas descobertas e necessidades gerou as equipes de trabalho da cultura-de-tarefa e por fim Dionísio, o dono de seu destino, nesses novos tempos de fim do emprego convencional. Atualmente “a maioria das organizações de qualquer tamanho é composta de alguma mistura de todas as quatro” (Handy, 1991 : 36).
Embora as organizações possuam mais de um deus, as culturas devem ser internamente consistentes, pois os indivíduos que fazem parte dela são basicamente monoteístas, e precisam dessa identificação para confrontá-la com o seu deus predominante."
sábado, 20 de março de 2010
Os Deuses e a Administração - Atena
A Cultura-de-Tarefa, cuja deusa Atena e a figura da rede são a sua representação, “preocupa-se basicamente com a solução contínua e bem-sucedida de problemas” (Handy, 1991 : 26).
Atena é a deusa dos guerreiros vitoriosos, que desde o seu nascimento aparece armada e disposta para a sua missão de ajudar seus súditos. É uma divindade exclusivamente concebida para a vitória de seus fiéis, que passou de mulher de ação à uma matrona tutelar, convertendo-se na deusa guardiã do Estado e de todos os lares da Grécia.
Atena, após a tragédia da batalha com sua irmã adotiva, da qual foi salva por seu pai Zeus (alguns estudiosos creditam esta paternidade à Posseidon, sendo Zeus seu pai adotivo) passou a ser uma deusa desarmada, estando mais preocupada com o lar do que com a batalha, acreditando que a paz pode ser conseguida através de um acordo, sendo preferível à guerra. Mas, também acredita que se a guerra for necessária, o clamor da vitória deve soar com intensidade, convertendo-se em regozijo popular e em instrumento de ascensão para os heróis.
As organizações baseadas na cultura-de-tarefa organizam suas atividades em equipes de trabalho, onde cada membro é um especialista valioso, criativo e talentoso que contribui para solucionar o problema apresentado. Os conflitos são pequenos, uma vez que o respeito pela capacidade do outro é um imperativo e a recompensa é dividida.
Diferente da cultura-de-função (Apolo), onde a eficiência, ou seja, os meios utilizados tornam-se mais importantes, na cultura de Atena a busca da eficácia, a preocupação com os resultado prevalece. Questões como horários, rotinas e definições de funções não são privilegiadas, e cada membro da equipe é uma parte da rede que pode contribuir para a solução do problema apresentado.
O poder está nos INTERSTÍCIOS e não no topo (Apolo) ou no centro (Zeus), sendo a organização “uma rede de unidades de comando vagamente interligadas, sendo cada unidade basicamente independente, mas com uma responsabilidade específica dentro de uma estratégia global” (Handy, 1991 : 26)
Neste tipo de cultura a perícia é a base para o poder e a influência, não importando a idade, o tempo de serviço ou parentesco. É comum encontrar pessoas jovens e entusiasmadas onde a figura típica de um líder não é necessária.
Vale salientar que o entusiasmo dura exatamente o tempo de solução do problema, que ao se tornar rotina não desperta mais o mesmo interesse na equipe.
Este tipo de cultura funciona bem quando o produto da organização for a “solução de problemas”, como agências de publicidade, empresas de consultoria, organizações de pesquisas de novos produtos e outras do gênero. Exigir previsibilidade e praticidade em uma organização com este perfil é um erro, pois esta cultura não se ajusta à ambientes estáveis por ser extremamente cara onde a novidade de um produto converte-se em lucro para a organização enquanto seus concorrentes não entram em cena e o preço do produto pode ser determinado em função dos custos, mas após este período, o ajuste é necessário e então ou a organização tornou-se grande o suficiente para progredir, mudando o tipo de cultura predominante, ou então tende a desaparecer. A cultura Atena costuma ter vida curta.
Próximo Post: Dionísio e a Cultura Existencial
quarta-feira, 10 de março de 2010
Os Deuses e a Administração - Apolo
"Apolo nasceu iluminado e por isso era considerado a verdadeira luz e o próprio sol. Sendo criado com o néctar dos deuses, tornou-se um belo jovem que após guerrear e vencer uma serpente ganhou de seu pai, Zeus, a mitra e a lira que transformaram-se em seus símbolos visíveis.
Em sua arrogância e prepotência, enfrentou o Cupido, dizendo-lhe ser afeminado e sem habilidades com a flecha. Como vingança, o Cupido lançou-lhe uma flecha de amor ao mesmo tempo que lançava uma de desprezo à ninfa Dafne, o que ocasionou longas perseguições por parte de Apolo e fugas da ninfa. Por mais que procurasse, Apolo não conseguia encontrar nenhuma falha ou defeito em si próprio que justificasse a fuga de Dafne, criando dessa forma o culto à beleza e à perfeição que é associado à sua figura.
Por ser considerado a personificaçào do Sol, era o deus-patrono, guerreiro sagaz reconhecido como tal por seu pai Zeus e por isso o deus da ordem e das regras. A figura do templo grego também representa essa beleza e força em seus pilares.
Essa cultura baseia-se mais em funções e tarefas a serem cumpridas do que nas personalidades ou pessoas que compõem a organização, sendo o homem racional e determinado pela lógica, onde o fluxo do trabalho é descrito em normas e procedimentos formalizados em manuais com um sistema de funções prescritas. É um tipo de cultura que se aproxima da burocracia idealizada por Max Weber.
Assim como o sol nasce a cada dia, este tipo de cultura assume que o amanhã será igual ao ontem, sendo a estabilidade e a previsibilidade assumidas e encorajadas. Assim como no taylorismo, os indivíduos na cultura-de-função são partes integrantes das máquinas, sendo irrelevante seu nome ou sua aparência.
A previsibilidade e a estabilidade geram uma sensação de bem estar, um sentimento de segurança fazendo com muitos funcionários se enquadrem neste perfil e relutem em sair deste templo protetor e acolhedor. Muitas organizações públicas, companhias de seguro, monopólios e empresas públicas encontram-se neste tipo de cultura. E é compreensível o esforço que todos, dirigentes e funcionários, fazem, para que permaneça este estado estável, onde a turbulência do mercado não poderá atingi-los.
Organizações complexas, com um longo histórico de sucesso, freqüentemente baseado em um único produto também se rendem à este modo de pensar. Quanto mais racional, codificada e padronizada for a função, mais eficiente será a organização, e um dos seus maiores temores é a mudança, que será ignorada o quanto for possível e depois a reação será a tentativa de manter os pilares firmes enquanto a terra treme e não a tentativa de acompanhar os tremores.
Na cultura-de-função, os funcionários esperam que seus dirigentes digam exatamente como devem agir, quais as tarefas devem ser executadas e em quanto tempo. Caso isso não ocorra, ficam perdidos e sem rumo, uma vez que a criatividade nunca foi incentivada. O poder está no topo das organizações e a ascensão depende da agregação à um dos pilares que conduzirão o funcionário o mais próximo possível deste topo."
Próximo Post: Atena e a Cultura de Tarefa
segunda-feira, 1 de março de 2010
Os Deuses e a Administração - Início
O Livro Os Deuses e a Administração, de Charles Handy , propõe uma associação interessante entre alguns modelos de administração e os deuses gregos. Esse post, inicia então uma série, onde mostraremos quais associações são essas. A fonte dos posts será o próprio livro e também um artigo apresentado da UFSC para a disciplina de Desenvolvimento Humano.
"Para os gregos, os deuses representavam características com as quais os humanos identificavam-se, adorando um ou mais deles de acordo com seus próprios desejos. Portanto, a religião representava os costumes do seu povo e não a adoração etérea e distante apregoada pelo cristianismo.
O autor Charles Handy (1991) explica na introdução de seu livro os Deuses da Administração que o uso desta analogia serve para “frisar um ponto muito importante, de que a administração não é uma ciência exata, mas antes um processo criativo e político que deve muito à cultura e à tradição prevalecentes naquele lugar e naquele momento”. Entretanto, existem certos padrões no comportamento das pessoas que podem ser identificados e servirem de apoio na decisão dos administradores, e o uso da mitologia representada pelos deuses Zeus, Apolo, Atena e Dionísio se propõe a identificar esses padrões relacionando-os com a representatividade cultural de cada um desses deuses e a filosofia administrativa adequada. Também o autor observa que, cada cultura ou deus não é única e nem pode ser classificada como boa ou ruim, e sim adequada ou inadequada para a organização ou para o funcionário.
Esta concepção pode ser chamada de Teoria da Adequação Cultural, onde não existe uma cultura ideal e a cultura certa para o propósito certo, sendo a sua validade consolidada pela experiência pessoal de cada funcionário, sem o que seria apenas mais uma teoria sem utilidade.
A primeira a ser analisada é a Cultura-de-Clube, representada pelo deus supremo do Olimpo, Zeus.
Conforme a mitologia grega, um deus deveria matar seu pai para assumir seu trono, assim como os pais deveriam matar seus filhos para evitar serem mortos por eles. Dessa maneira, Zeus nasceu já com a missão de sobreviver aos ataques de seu pai (Crono) e vingar seus irmãos primogênitos, devorados pelo pai. Já no primeiro confronto, Zeus conseguiu arrancar seus irmãos de dentro do pai e, vencida a batalha, dividiu seu poder com eles, sendo seu o campo dos céus, enquanto que o mar seria feudo de Posseidon e o mundo subterrâneo de Hades.
Zeus foi considerado o primeiro rei do Olimpo graças à sua força, mas é principalmente adorado por ser encantador com suas fraquezas quase humanas, onde a paixão e a infidelidade encontravam-se lado a lado com os poderes divinos, pois sendo deus do raio e do trovão, utilizava-os tanto na ira quanto na sedução em forma de chuva de ouro, disfarce como cisne, touro, etc., pois “Zeus representava a tradição patriarcal, o poder irracional mas muitas vezes benevolente, a impulsividade e o carisma” (Handy, 1991: 18).
Era soberano na Acrópole e no Império Romano surgiu com o nome de Júpiter, que também veio a ser o centro da vida na terra, presidindo no Foro Romano a vida civil e religiosa do maior império de todos os tempos.
A Cultura-de-Clube tem como figura a teia de aranha, que como todas as outras organizações tem sua cultura baseada em funções e produtos, cujas linhas se irradiam do centro, como um organograma tradicional. Entretanto, em organizações cuja cultura predominante tem essas características, as linhas da teia, que são as mais importantes, são as que envolvem a aranha no meio, sendo as linhas do poder e da influência que ficam menores quanto mais se distanciam do centro. Essa cultura é mais comumente encontrada em pequenas organizações empreendedoras e familiares, o que não significa a sua ausência em organizações de maior porte, onde o Zeus empreendedor aparece com destaque.
A rapidez das decisões aparece como uma das características mais marcantes desta cultura, onde a qualidade das decisões dependerá da competência de seu Zeus, sendo suas variáveis críticas a seleção e a sucessão e a empatia como o canal mais eficiente e rápido de comunicação. Sendo pouco dependente de documentação formal ou autoridade formal, os sentimentos de afinidade e confiança aparecem como elementos essenciais.
Por isso a seleção não obedece rígidos padrões, onde o nepotismo floresce com naturalidade e as pessoas que não se enquadram ou não possuem a empatia necessária com os outro membros do clube devem ser afastadas, pois a comunicação formal não é aceita, assim como o erro ocasionado pela falta de semelhança entre as idéias do grupo, fazendo com que todos mantenham o mesmo padrão de comportamento.
É o tipo de cultura que valoriza os funcionários, dando-lhes liberdade de ação e recompensas, sendo também uma cultura de destaque, pois o Zeus de uma grande organização é carismático e costuma ser referenciado por suas conquistas. No entanto o funcionário que não se enquadra neste ambiente, não tem propensão ou vontade de manter uma rede de amizades e relacionamentos úteis para a sua ascensão, não terá sucesso numa organização com esta cultura, onde o paternalismo e o culto do indivíduo, da propriedade e do poder pessoal podem não parecer muito justos e até parecer pouco popular e ultrapassado diante da idéia de oportunidades iguais para todos que permeia a gestão moderna.
Vale lembrar que a maioria das organizações tem em seu começo esta cultura como predominante, pois uma boa idéia e uma grande força de vontade marcou e marca o início de todo empreendimento."
Próximo post: Apolo e a Cultura de Função
"Para os gregos, os deuses representavam características com as quais os humanos identificavam-se, adorando um ou mais deles de acordo com seus próprios desejos. Portanto, a religião representava os costumes do seu povo e não a adoração etérea e distante apregoada pelo cristianismo.
O autor Charles Handy (1991) explica na introdução de seu livro os Deuses da Administração que o uso desta analogia serve para “frisar um ponto muito importante, de que a administração não é uma ciência exata, mas antes um processo criativo e político que deve muito à cultura e à tradição prevalecentes naquele lugar e naquele momento”. Entretanto, existem certos padrões no comportamento das pessoas que podem ser identificados e servirem de apoio na decisão dos administradores, e o uso da mitologia representada pelos deuses Zeus, Apolo, Atena e Dionísio se propõe a identificar esses padrões relacionando-os com a representatividade cultural de cada um desses deuses e a filosofia administrativa adequada. Também o autor observa que, cada cultura ou deus não é única e nem pode ser classificada como boa ou ruim, e sim adequada ou inadequada para a organização ou para o funcionário.
Esta concepção pode ser chamada de Teoria da Adequação Cultural, onde não existe uma cultura ideal e a cultura certa para o propósito certo, sendo a sua validade consolidada pela experiência pessoal de cada funcionário, sem o que seria apenas mais uma teoria sem utilidade.
A primeira a ser analisada é a Cultura-de-Clube, representada pelo deus supremo do Olimpo, Zeus.
Conforme a mitologia grega, um deus deveria matar seu pai para assumir seu trono, assim como os pais deveriam matar seus filhos para evitar serem mortos por eles. Dessa maneira, Zeus nasceu já com a missão de sobreviver aos ataques de seu pai (Crono) e vingar seus irmãos primogênitos, devorados pelo pai. Já no primeiro confronto, Zeus conseguiu arrancar seus irmãos de dentro do pai e, vencida a batalha, dividiu seu poder com eles, sendo seu o campo dos céus, enquanto que o mar seria feudo de Posseidon e o mundo subterrâneo de Hades.
Zeus foi considerado o primeiro rei do Olimpo graças à sua força, mas é principalmente adorado por ser encantador com suas fraquezas quase humanas, onde a paixão e a infidelidade encontravam-se lado a lado com os poderes divinos, pois sendo deus do raio e do trovão, utilizava-os tanto na ira quanto na sedução em forma de chuva de ouro, disfarce como cisne, touro, etc., pois “Zeus representava a tradição patriarcal, o poder irracional mas muitas vezes benevolente, a impulsividade e o carisma” (Handy, 1991: 18).
Era soberano na Acrópole e no Império Romano surgiu com o nome de Júpiter, que também veio a ser o centro da vida na terra, presidindo no Foro Romano a vida civil e religiosa do maior império de todos os tempos.
A Cultura-de-Clube tem como figura a teia de aranha, que como todas as outras organizações tem sua cultura baseada em funções e produtos, cujas linhas se irradiam do centro, como um organograma tradicional. Entretanto, em organizações cuja cultura predominante tem essas características, as linhas da teia, que são as mais importantes, são as que envolvem a aranha no meio, sendo as linhas do poder e da influência que ficam menores quanto mais se distanciam do centro. Essa cultura é mais comumente encontrada em pequenas organizações empreendedoras e familiares, o que não significa a sua ausência em organizações de maior porte, onde o Zeus empreendedor aparece com destaque.
A rapidez das decisões aparece como uma das características mais marcantes desta cultura, onde a qualidade das decisões dependerá da competência de seu Zeus, sendo suas variáveis críticas a seleção e a sucessão e a empatia como o canal mais eficiente e rápido de comunicação. Sendo pouco dependente de documentação formal ou autoridade formal, os sentimentos de afinidade e confiança aparecem como elementos essenciais.
Por isso a seleção não obedece rígidos padrões, onde o nepotismo floresce com naturalidade e as pessoas que não se enquadram ou não possuem a empatia necessária com os outro membros do clube devem ser afastadas, pois a comunicação formal não é aceita, assim como o erro ocasionado pela falta de semelhança entre as idéias do grupo, fazendo com que todos mantenham o mesmo padrão de comportamento.
É o tipo de cultura que valoriza os funcionários, dando-lhes liberdade de ação e recompensas, sendo também uma cultura de destaque, pois o Zeus de uma grande organização é carismático e costuma ser referenciado por suas conquistas. No entanto o funcionário que não se enquadra neste ambiente, não tem propensão ou vontade de manter uma rede de amizades e relacionamentos úteis para a sua ascensão, não terá sucesso numa organização com esta cultura, onde o paternalismo e o culto do indivíduo, da propriedade e do poder pessoal podem não parecer muito justos e até parecer pouco popular e ultrapassado diante da idéia de oportunidades iguais para todos que permeia a gestão moderna.
Vale lembrar que a maioria das organizações tem em seu começo esta cultura como predominante, pois uma boa idéia e uma grande força de vontade marcou e marca o início de todo empreendimento."
Próximo post: Apolo e a Cultura de Função
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Mitologia e os Signos - Peixes
Existem várias versões para o mito das sereias. A princípio acreditava-se que haviam apenas dois exemplares. Partênope e Lígia. Versões posteriores acrescentam Leucósia como o terceiro elemento. Uma tocava lira, outra cantava e a terceira tocava flauta. Eram jovens de uma beleza sem par e integravam o cortejo da misteriosa Perséfone. Quando Hades, o deus dos infernos raptou Perséfone, as sereias pediram aos deuses asas para que pudessem procurar sua ama em todos os lugares. Há uma versão que Deméter, a mãe de Perséfone, irada com seu rapto, subtraiu as asas das sereias e transformou-as em monstros.
Outra versão conta que Afrodite, enciumada com a beleza de suas concorrentes, transformou-as em sereias ou seja metade mulheres e da cintura para baixo peixes para que nunca pudessem vir a usufruir dos prazeres do corpo.
Como empregadas de Perséfone, agora a rainha dos infernos, as sereias estavam encarregadas de levar as almas para sua senhora. Ficavam muna ilha do Mediterrâneo aguardando a passagem de barcos com pescadores e marinheiros para depois de enfeitiçá-los com sua beleza e cânticos, as vítimas sucumbissem e, então cumpririam a missão de levar-lhes as almas.
Numa outra versão a sereia se apaixona por um jovem ingênuo. Os dois compartilhavam de mundos completamente diferentes mas para poderem ficar juntos, a sereia depois de analisar todo o sacrifício que deveria fazer propõe ao jovem algumas condições.
Este não poderia perguntar-lhe o verdadeiro nome, não poderia abrir uma caixinha dourada que a mesma guardava em seu armário e nem entrar no quarto dela numa determinada hora. Estas condições só foram respeitadas temporariamente e, transgredindo as solicitações seja por simples curiosidade seja por desrespeito, o encanto quebrou-se e os dois não puderam mais conviver juntos e a sereia partiu para sempre deixando o jovem desolado.
Cada uma das passagens apresentadas tem muitas das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "20 de fevereiro" e "20 de março", ascendente em Peixes ou que tem Netuno como planeta importante no Mapa Natal.
Outros mitos importantes de Peixes são o de Poseidon, o de Tifão e o de Dionísio.
Características de peixes:
Secretos, misteriosos, difíceis de entender, ora alegres, ora tristes, paradoxais, enigmáticos, complexos, apresentam diversas faces para o mundo, conseguem penetrar profundamente no mundo das emoções. A emoções, no entanto quanto mais profundas muitas vezes passam a ter características nebulosas. Muitos conseguem contatar as profundezas do inconsciente. Muitos poetas, romancistas, compositores, músicos e até psicoterapêutas tem este tipo de experiência. Podem até traduzir sentimentos do inconsciente coletivo. Os piscianos são imprevisíveis e tem recursos interiores ilimitados.
Podem ter reações intempestivas, oscilarem de um extremo emocional a outro sem razão aparente. Podem ter o hábito de comerem muito e, outros, praticarem jejum para se purificarem. Tem facilidades para meditar e encontrar muitas das respostas às suas complexas questões através deste meio. Tem imaginação criativa e grande inspiração. Muitos vivem num mundo próprio, a parte, e tem dificuldades para se adaptarem ao mundo concreto das formas. Tem uma grande compaixão estendendo-se até aos animais de qualquer espécie. Tem uma grande ligação com as crianças que pode se dar através de suas fantasias como também devido a facilidade que tem de se adaptarem e de criarem.
Porém, quando se trata da educação de seus filhos tendem a delegar responsabilidade para seus cônjuges. São generosos e defendem sua prole contra qualquer animosidade externa que os ameace. Na relação amorosa não tem limites e muitas vezes assustam a pessoa amada com a imensidão de seus sentimentos sem barreiras. Podem apresentar o lado violento de suas reações emocionais que geram muitos desentendimentos. Às vezes os piscianos projetam suas emoções e conteúdos inconscientes nos outros no sentido de organizarem o mundo caótico em que vivem.
Muitas vezes projetam para se livrarem de coisas que não conseguem por outros meios. Este signo também está muito relacionado ao cinema, a fotografia, aos perfumes, ao carnaval e a todos os tipos de imagens projetadas.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Mitologia e os Signos - Aquário
Estamos na idade do bronze. Muita coisa estava acontecendo: guerras, injustiças e toda a sorte de crimes comuns e até hediondos. A vida humana era considerada miserável e dolorosa de ser vivida. Zeus então resolveu acabar com tudo julgando que nenhum homem era merecedor da proteção de quaisquer dos deuses do Olimpo.
Pensando assim, Zeus determinou que se fizesse o dilúvio. Sabendo do que estava para acontecer, Prometeu avisou a seu filho Deucalião e o orientou para construir uma grande arca. Nela seriam colocadas a esposa, os familiares e as provisões necessárias.
Choveu intensamente durante nove dias e nove noites. O planeta todo transbordava em água e a arca de Deucalião foi até o Monte Parnaso, um dos locais não invadido pelas águas. Desembarcaram em terra firme e imediatamente ofereceram um sacrifício a Zeus em agradecimento por suas vidas, aparentemente as únicas que restaram no planeta Terra. Porém a medida que as águas foram descendo, o casal entristecido via animais e pessoas mortas. Desesperados, pediram a Zeus que a raça humana fosse reconstituída.
Assim, foram orientados a jogarem pedras para trás. Cada pedra que Deucalião jogava, transformava-se em um homem e as pedras de sua esposa, em mulheres. A Terra foi então repovoada, porém pouco depois o homem voltou a apresentar os mesmos padrões de comportamento e nunca houve mais paz.
Outros mitos de Aquário: Urano e Prometeu.
Cada uma das passagens acima descritas tem muitas das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "21 de janeiro" e "19 de fevereiro", ascendente em Aquário e que tem Saturno ou Urano como planetas importantes no Mapa Natal.
Características de Aquário:
Radical, original, intempestivo, fixa-se em idéias ou em uma ideologia, gostam de olhar o céu e contemplar o firmamento, são utópicos e podem apresentar grande dificuldade em lidar com a rotina do dia a dia, devem aprender a contemporizar, suas vidas estão sempre se remodelando e estruturas obsoletas são substituídas pelas novas, normalmente repudiam o animalesco, o primitivo, tem grande instinto civilizador num sentido gregário pois os aquarianos sentem-se confortáveis na criação de grupos. Porém, apesar de estar sempre voltado para a comunidade, para os grupos, é extremamente individualista. Muitas vezes são subtraídos de seus cargos ou do seio de uma comunidade em que representam um papel importante. Apesar de sentirem-se mutilados com a velocidade com que as coisas acontecem é porque lhes está destinada uma nova função, com novas oportunidades, novos caminhos.
Como detém em si a mudança do status-quo, são tidos como rebeldes, revolucionários e anarquistas. Muitos inventores e artistas estão em grande número dentre os aquarianos. Rompem fronteiras, não aceitam limites, buscam a verdade, são científicos e intelectuais. Tem muitas vezes uma criatividade compulsiva. Preocupam-se com a fidelidade, lealdade e confiança. A amizade lhes é importante pois é com os amigos que compartilham suas idéias. As vezes, os aquarianos tem a sensação de não pertencerem ao planeta terra ou a esta dimensão. Acham que tem uma missão mas nem sempre tem consciência de qual seja, são extremamente apegados a liberdade e defendem com tenacidade suas idéias. Pode usar de sua rebeldia para favorecer a coletividade.
É interessante pois todo trabalho desenvolvido pelo aquariano é voltado para a sociedade porém deve ser realizado de uma forma isolada. A psicologia, a assistência social o campo das invenções e até mesmo a Astrologia são campos que muito interessam a todos os aquarianos de um modo geral. É um grande questionador inclusive da autoridade alheia. Tem ânsia de expandir seus conhecimentos e divulgar amplamente suas idéias. A maioria das vezes não é compreendido por ter idéias futuristas. Igualmente importante está a sua boa vontade para com todos de um modo geral e não particular, seu amor a humanidade como um todo, a esperança no aperfeiçoamento do ser humano e a evolução da espécie. Busca a igualdade e a fraternidade. Vive o eterno dilema do ser único versus a coletividade.
Símbolo: O Aguadeiro
sábado, 30 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Capricórnio
Pomona vivia em seu jardim cuidando das flores e das plantas, dedicando todo o seu tempo neste árduo e belo trabalho que, no entanto, a tornava solitária. Ignorava também todos que dela se aproximassem com intenções afetivas.
Vertumo também era extremamente dedicado ao cultivo de suas terras e cuidava para que as mesmas sempre estivessem bem tratadas. Adorava flores e frutos. Verdumo era apaixonado por Pomona e pensava em tudo para poder conquistá-la mas temia sua indiferença. Fez várias tentativas para aproximar-se da amada, todas infrutíferas. Resolveu então transformar-se em ceifeiro, após em lavrador, em vinheiro e, por fim numa velha senhora. Usando destas artimanhas, Verdumo foi-se declarando até que resolveu mostrar sua verdadeira identidade. Aí, quando Pomona viu seu rosto iluminado pelos raios de sol, apaixonou-se também pelo rei da Etrúria e os dois puderam unir-se pelos laços do amor e do matrimônio.
Cada uma das passagens acima apresentadas tem muito das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "22 de dezembro" e "20 de janeiro", ascendente em Capricórnio, e que tem Saturno como planeta importante no Mapa Natal.
Características de Capricórnio:
Perseverança, paciência, obstinação, usa toda sua força para atingir um objetivo, lida muito bem com o setor público de um modo geral, conhece seus limites, tem grande admiração pela figura paterna a quem reserva um espaço importante em sua vida, embora a relação em si seja difícil. As mulheres, por sua vez idealizam a figura paterna em seus companheiros. Outra situação freqüente na vida do capricorniano é que tem que assumir responsabilidades muito cedo na vida, são pessoas que definem perfeitamente o tempo, necessário para realizar uma tarefa, os limites e a simetria das coisas e circunstâncias. A figura do pai é tão dominante que esta relação se estende às grandes instituições onde o capricorniano ocupa posições de poder, por entender bem o sistema.
Está relacionado também à tradição e a cultura de um modo geral. Podem violentar seus sentimentos em benefício de sua ascensão social e profissional. Conhecem a hierarquia como ninguém. Não aceitam facilmente aquilo que não é convencional, acadêmico ou tradicional, só compartilham daquilo que pode ser aceito socialmente e tem aplicação prática. Muitas vezes para garantir seu lugar e suas obras, é capaz de tentar até paralisar o progresso daquela região.
Muitas vezes impõem aos filhos suas profissões e, às filhas, os maridos a quem devem contrair matrimônio. Mais ligado a parte material e financeira da vida, não dão muita importância ao lado afetivo. Por isto podem ser vistos como frios e pouco sensuais. Existe naturalmente outro grupo de capricornianos que tem outro temperamento, são voluptuosos, satíricos e podem ter até um traço de crueldade em seus relacionamentos. São especialmente organizados e necessitam de grande estabilidade, tem método, mas pode cristalizar sua capacidade psíquica e até sua criatividade o que se traduz numa aparência de mais velhos de idade do que realmente são.
Tem necessidade de isolamento e reagem ao novo desejando manter sempre o status-quo. Realistas, exibem ação objetiva e concreta, não sendo nada sonhadores. Mostram a todos a importância da experiência adquirida e da conquista das coisas através do trabalho árduo e seguro. Paradoxalmente são os que mais cobram a si a ação do tempo na realização das coisas. Por incrível que pareça cabe ao signo de capricórnio a regência sobre a dança onde atributos como a auto-disciplina, treino constante, paciência e perseverança, são requisitos fundamentais para o profissional bem sucedido.
Os capricornianos são muito leais e cumpridores a risca de seus compromissos. Quando envolvidos emocionalmente com alguém são capazes de enfrentar toda a sorte de vicissitudes para proteger o relacionamento garantindo sua segurança e estabilidade. Nestes casos são gentis e amáveis. São grandes admiradores dos ciclos da vida, admiram as plantas, flores e frutos. Adoram os dias frios e cinzentos, bem como as chuvas.
Símbolo: Cabra montês
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Sagitário
Como pena por tão medonho crime, Íxion foi exilado da Grécia e condenado a ter uma vida errante, sem destino. Apiedado de tamanho infortúnio, Zeus levou-o para o Olimpo. Este, porém, tentou seduzir a esposa do próprio Zeus, mas que a ele tudo contou. Assim, para vingar-se, Zeus criou uma mulher feita de nuvem à semelhança de Hera, sua esposa.
Íxion como vivia bêbado não observou a artimanha e, da união dos dois nasceu Centauro, uma figura meio humana meio animal e Néfele, a esposa nuvem, desfez-se em prantos.
Outros mitos de Sagitário são o de Zeus Pather e Quíron.
Cada uma das passagens apresentadas tem algo a ver com as pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "22 de novembro" e "21 de dezembro", ascendente em Sagitário e que tem Júpiter como planeta importante no Mapa Natal.
Características de Sagitário:
São visionários, apreciam a expansão sob todos os aspectos, são grandes estrategistas, procuram formar alianças, estão na eterna busca do conhecimento superior, conseguem ter ampla perspectiva e consciência do que lhes interessa, grandes observadores, nada escapa de sua ampla visão, costumam controlar ao máximo suas emoções pois ao explodir tendem a fulminar seus adversários, criam facilmente estratégias para reinar absoluto em seu território, impõem firmemente a sua vontade sobre os demais de um grupo ou de uma comunidade.
Identificam-se com seu arquétipo, Zeus, a nível psicológico e, portanto tem plena consciência do que analisam e do que querem. Assim sendo tem em mãos todo controle, razão, e vontade a seu dispor e que usam em relação a outras pessoas. Agem, às vezes de forma a parecerem democráticos, porém a última palavra sempre é a deles. Tem uma forte ligação com a justiça e se empenham de corpo e alma quando envolvidos em uma situação legal. Podem inclusive fazer parte se sindicatos na defesa também do direito alheio e geralmente são excelentes juízes e advogados. Gostam de estabelecer um espaço bem definido e, por isto, muitas vezes se casam e tem filhos.
Podem ser grandes conquistadores e são dados a paixões repentinas. São extremamente corajosos pois querem atingir uma meta a qualquer preço. Devem ser patrões pois, em geral, não são submissos e a função de empregados pode gerar muitos conflitos. Podem ser grandes empresários e, geralmente chefiam as sessões onde trabalham. Quanto a relação paternal ou maternal, tendem a ser permissivos, porém, são bons provedores independente do fruto ser do casamento ou de qualquer outra ligação. Em relação a sua postura, as vezes podem parecer seres superiores com ares de que tudo sabem, podem ser orgulhosos e buscam sempre o poder.
Ocasionalmente podem desconfiar de seus semelhantes tanto no trabalho como em outras situações. Nestas circunstâncias podem ser difíceis de lidar pois impedem o bom relacionamento e inclusive a ascensão de seu colega ou familiar. Porém geralmente são bons de coração e até generosos. Muitos chegam a fazer doações de grande soma de dinheiro para sociedades filantrópicas. Mas sempre valorizam sua liberdade e seu espaço. Suas idéias podem ser contestadoras no momento do problema mas quando o mesmo se desenrola observa-se que o sagitariano detém quase sempre a razão.
Há dois tipos fundamentais de sagitarianos: o desportista, alegre, descontraído, inseguro em suas relações sociais e, o outro, filósofo, um ser pensante, mais recluso e pouco chegado à vida social. Este busca incessantemente a sabedoria. Podem se tornar muito violentos quando sua natureza animal predomina. Podem ser curadores extraordinários, inclusive fazer tratamento usando apenas as mãos.
Símbolo: Centauro
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Escorpião
Entre os doze trabalhos que Héracles (Hércules) deveria realizar, o oitavo deles era destruir um terrível monstro que vivia numa caverna dentro de um pântano (a Hidra de Lerna). Na verdade, a Hidra era a guardiã dos infernos. Bastava instilar seu hálito pútrido no local onde aflorava para que perecessem flora e fauna local quase que instantaneamente. Após transcender todos os perigos que o pântano oferecia, Héracles começou a lançar flechas de fogo para que o monstro saísse de sua toca.
Porém, o terrível animal era praticamente imbatível pois a cada cabeça arrancada duas novas surgiam cheias de um ímpeto mortal. Surgiu então um caranguejo gigante que mordeu os calcanhares de Héracles mas que foi destruído imediatamente tamanha a ira do herói. Auxiliado por Iolau, armado com ramos flamejantes da floresta que ardia nas proximidades, Héracles ceifava as cabeças da Hidra e Iolau queimava o pescoço impedindo, desta forma, que novas cabeças nascessem. Ao mesmo tempo, desencravou o grande monstro da obscuridade em que se encontrava em direção aos céus, elevou sua horrenda cabeça que começou a murchar lenta e inexoravelmente com o bater dos raios solares.
Héracles apoderou-se então do que restou do monstro e guardou como um grande tesouro, enterrando-o sob uma rocha.
Cada uma das passagens apresentadas tem muito das características das pessoas que têm a data de nascimento compreendida entre "23 de outubro" e "22 de novembro", ascendente em Escorpião e que tem Marte ou Plutão importantes no Mapa Natal.
Características de Escorpião:
Perspicácia, magnetismo, grande força de vontade, obstinação, capacidade de ver além das aparências, grande riqueza de recursos interiores, coragem, perseverança, busca intensa das transformações ainda que dolorosas, lidam freqüentemente com desafios que geram dor psicológica como perda de entes queridos de forma abrupta, perda de coisas valiosas, estímulos que os colocam frente a frente com emoções pouco aceitas socialmente como a inveja, o ciúme, enfim o "lado sombra" de cada um de nós, o medo, os ressentimentos de um modo geral, as mágoas, a crueldade, estímulo a lembranças dolorosas e até cármicas, podem viver em reclusão auto-imposta para resolver seus problemas mais íntimos, podem lidar com vários tipos de terapia inclusive as transpessoais, tem a capacidade de lidar bem com tudo aquilo que é doloroso para a sociedade de um modo geral como tratar de doentes com câncer em fase terminal, fase final de AIDS e outras doenças dramáticas, as psicopatias são muito bem identificadas e tratadas por terapeutas escorpiônicos.
Podem existir experiências que os aproximem da morte de fato, por isto, sabem lidar muito bem com a fatalidade do dia a dia. São profundos, obsessivos, altamente possessivos, sutilmente manipuladores, tenazes em suas metas, agem por compulsão, são inquietos, insatisfeitos, sofrem mecanismos de repressão interna, têm lembranças dolorosas de fatos passados ou recentes, o amor deste signo se compara a fusão de corpos, a cumplicidade, vivem em uma dialética profunda. Há períodos de separação e se houver uma relação muito primitiva, pode haver detonação de aspectos cruéis da personalidade que podem derivar em ciúme doentio, dominação do parceiro, competição territorial propriamente dita, chegando às raias da falta de escrúpulos.
A sexualidade é forte e complexa mas pode levá-lo ao celibato como também a máxima promiscuidade. Busca na relação matrimonial uma situação estável e duradoura. Outra situação comum na vida dos escorpiônicos são as questões familiares que envolvem vinganças consecutivas, o escorpiônico primitivo tem a célebre frase: "olho por olho" e "dente por dente". Há outros níveis de desenvolvimento deste signo que são a serpente com características de personalidade que envolvem astúcia e sabedoria, sabendo transmutar como ninguém qualquer situação, tem uma percepção afiadíssima e são altamente intuitivos. Neste signo também estão os grandes curadores e cirurgiões habilidosos.
Outro sentimento muito percebido pelos escorpiônicos é o sentimento de culpa já que vivem intensamente suas emoções e podem ter dificuldades internas para romper determinados laços. Traição, crime, vinganças e inveja fazem parte do submundo, de sentimentos difíceis de serem aceitos pela sociedade de um modo geral mas que fazem parte da convivência interna deste que é o oitavo signo. As riquezas na forma de herança e as partilhas de um modo geral também são freqüentes e podem levar a diversos problemas inclusive a do não recebimento da parte que toca a um dos herdeiros. De fato, um signo bastante complexo que lida com a luz e as sombras de uma maneira muito intensa e que os deixa prontos e aptos para qualquer armadilha que a vida lhes impuser.
Símbolo: Escorpião
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Libra
Páris, filho dos reis de Tróia, Hécuba e Príamo, seria segundo o oráculo o destruidor de Tróia. Foi então abandonado, após seu nascimento, num monte para que ali morresse. Dias após um pastor encontrou o recém-nascido sendo amamentado por uma ursa. Pegou então o pequeno ser e introduziu-o entre os pastores, para que por eles fosse criado. Páris cresceu forte, imponente e zeloso pelo seu rebanho. Numa ocasião ao assistir a luta entre um de seus animais e outro touro,decidiu pela vitória do outro com completa imparcialidade.
Numa outra ocasião coube a Páris escolher entre as três deusas do Olimpo, a mais bela. Usou de toda diplomacia e astúcia para não ofender a nenhuma delas, porém foi-lhe determinado por Zeus que apenas uma deveria ser a escolhida. Após a análise bem feita, Páris acabou por decidir-se por Afrodite, uma deusa bela, sedutora e que lhe prometera cumplicidade com a futura esposa Helena.
Esta, na verdade, era esposa de Menelau. Páris, ardilosamente usurpou a esposa de Menelau e seus tesouros e que custaram a Menelau, sua vida e, a Tróia, sua ruína. Porém, foi também em combate que Páris feneceu. Este personagem, no entanto, mostrou-se bastante covarde nos embates corpo a corpo o que fez Helena decepcionar-se e finalmente acreditar que não estava diante do herói que ela pensava, do seu par ideal.
Cada uma das passagens apresentadas tem muito das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "23 de setembro" e "22 de outubro", ascendente em Libra e que tem Vênus como planeta importante no Mapa Natal.
Características de Libra:
Cooperação, harmonia, busca eterna do equilíbrio, senso ideal da justiça, busca do bom e belo, diplomacia, equilíbrio entre seu eu e o outro, busca da estética, sabe apreciar as artes de um modo geral, busca uniões amorosas, envolvem-se em algum tipo de relacionamento seja seu ou do outro, não suportam a solidão, precisam promover reuniões sociais, estar em grupos, não gostam de ver alguém solitário, conseguem manter distância emocional em situações de emergência, acham saídas adequadas quando sob pressão, não suportam violência e nem sujeira, não gostam de sujar as mãos, tem ideal de justiça bastante elevado que muitas vezes não atinge seu aspecto prático, tem dificuldade para tomar decisões e transferem freqüentemente para os outros, as mulheres habitualmente tem grande admiração por seus pais e casam-se com homens que detém características semelhantes, são leais, devotadas.
Adoram a vida das cidades onde há novidades, movimento, vida social. Gostam sempre de estar entre as pessoas conversando, trocando idéias, dificilmente conseguem concretizar seus objetivos, relacionam-se com o sexo oposto sem que tenha que haver um conteúdo erótico, tem dificuldade para uma troca afetiva mais íntima, são intelectuais, não suportam ser expostos a situação de ridículo, tem tato, habilidade política e estratégia inatas, desejam no casamento parceria e igualdade e a oportunidade de participar da carreira de seu cônjuge em troca de tomar conta da casa e dos filhos, gostam de manipular pessoas, exigem o cumprimento do compromisso no casamento, procura sempre manter as aparências mesmo que esteja pululando de ódio, podem aturar situações bastante desconfortáveis para manter a vida a dois, podem vivenciar o casamento como um jogo de poder.
Situação dramática pode ocorrer quando há uma simbiose tão grande entre marido e mulher, pode criar-se um clima onde seja acionado o arquétipo de mãe devoradora dado o nível de obsessão que faz, tem muita dificuldade de vivenciar o lado lúdico do amor, as mulheres utilizam sedução e as formas indiretas para agir e atingir seus objetivos. Estão na eterna busca do par ideal.
Símbolo: Pratos de uma balança
domingo, 10 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Virgem
Sob esta perspectiva, Mercúrio THOTH era um grande mago com poderosos poderes de cura. Podia, inclusive, ressuscitar pessoas. Foi considerado o autor intelectual do "Livro dos Mortos" onde inclusive são descritas técnicas para se obter a ressurreição. Freqüentemente o estado de saúde era restaurado pela utilização de frases mágicas aplicada ao chackra da garganta do sofredor. Era também versado em Astrologia, Astronomia e Artes Mágicas.
Cada uma das passagens apresentadas tem muitas das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "23 de agosto" e "22 de setembro", ascendente em Virgem e que tem Mercúrio como planeta importante no mapa Natal.
Características de Virgem:
Organização, discernimento, crítica, busca pela perfeição com aplicação prática, paciente, cônscio de seus deveres, metódico, humilde, subserviente, racional, contatar com a nossa realidade, nossos defeitos e limites, repressão de sentimentos, que podem explodir repentinamente, contenção de sentimentos, impulso para trabalhar para esquecer problemas emocionais, dificuldade para abrir-se emocionalmente, externaliza, a emoção na construção objetiva das coisas, habilidade manual, destreza, precisão, produz coisas que tenham utilidade,tende a introjetar ressentimentos, age de forma oculta, tendem a se menosprezar, podem se sentir rejeitados pela família e pela comunidade.
São prestativos, perfeccionistas, geralmente são solitários, interesses voltados para máquinas e objetos, podem ter a sensação de serem "peixes fora d'água", inseguros e exigentes quanto a auto-imagem, procuram desenvolver o melhor de si, valorizam o silêncio, seus próprios recursos, a rotina, detalhistas, meticulosos, perseguidores da verdade, evitam chamar a atenção sobre si mesmos, realistas, podem repetir várias vezes o mesmo trabalho até ter a sensação de estar perfeito, encontram paz interior quando realizam tarefas domésticas, procuram manter a ordem, podem se revelar como religiosos em suas rotinas e no anonimato, despego às posses, acontecimentos, não tem ambição, valorizam o poder, educados, auto suficientes, interessam-se por tudo que se relaciona a saúde, plantas medicinais, dietas, gostam de prevenir-se contra doenças, gostam da boa alimentação e de ter hábitos saudáveis, preocupam-se com doenças podendo até chegarem a ser hipocondríacos, são ligados a filantropia, obras de caridade e assistência social.
Símbolo: Esfinge
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Mitologia e os Signos - Leão
O primeiro deles era o de capturar um feroz leão que se escondia no bosque de Neméia. O animal devorava todos sem piedade. Inicialmente, Héracles usou arco e flecha que nem sequer arranharam o animal. Em seguida usou uma espada de chumbo e, após tentou encurralá-lo com uma clava. De nada adiantou... Foi aí que decidiu partir para a briga corpo a corpo com a fera.
Prestes a ser vencido, Héracles descobriu que o pescoço do leão era seu ponto fraco e estrangulou-o até a morte. Simbolicamente para usar a força de sua vítima, Héracles guardou as garras, a pele e a cabeça da fera.
Cada passagem apresentada tem muito das características das pessoas que tem a data de nascimento compreendida entre "22 de julho" e "22 de agosto", ascendente em Leão e que tem o Sol como planeta importante no Mapa Natal.
Características de Leão:
Auto-expressão criativa, amor a vida, benevolência, humor, afetividade, autoridade, autoconfiança, força interior, natureza pacífica, não costumam guardar ressentimentos, magnanimidade, sabem perdoar, "grande coração", vaidoso, podem deixar-se seduzir pelo brilho, amorosos, calorosos, gostam de crianças e sobretudo de brincar com elas, podem ser muito permissivos, gostam de brilhar, quando irados perdem o controle de suas emoções podendo destruir tudo que construíram, mas em geral conseguem se distanciar de suas emoções e ver as coisas com racionalidade, sabem lidar com a sua dor e a dos outros, definem metas.
São realizadores, legisladores, suas conquistas em geral são públicas, podem não ter consciência de todos os seus dons, imprimem sua marca pessoal em tudo que fazem, podem ser racionais, lógicos, filósofos, valorizam muito sua própria imagem, podem dar mais valor ao exterior que a essência, podem gerar sentimentos de insegurança no parceiro devido a seu egocentrismo, muito preocupados com sua prole fazendo parecer dispensável a presença do outro parceiro, ótimos provedores, são magnéticos, extrovertidos, alegres, mas podem ser rudes e até cruéis.
Tem dificuldades para lidar com o fracasso, sempre estão em busca de conquistar objetivos, quando amam gostam de homenagear seus eleitos(as), podem usar o poder como arma de vingança quando se sentem traídos, são extremistas em suas escolhas, ingênuos, amigos e leais, conservadores e defensores da boa moral, quando artistas são sublimes buscando a beleza e a perfeição nos traços de suas artes, bem como fazem grande uso de sua criatividade.
Símbolo: Leão.
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