quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pérolas Gregas - A voz da sabedoria




Em todas as épocas a humanidade sempre esperou encontrar alguém para lhe mostrar o caminho para uma vida melhor, alguém a quem pudesse perguntar sobre o certo e o errado, o bem e o mal, o valioso e o supérfluo. Os mais sensatos procuram isso junto aos mais velhos, orientando sua conduta na experiência dos mesmos. Os mais pretensiosos consultam os oráculos ou adivinhos, acreditando que por eles seriam melhor aconselhados.

Os gregos primitivos tiveram a sorte de poderem recorrer aos Sete Sábios, um grupo de homens excepcionais que surgiram e amadureceram numa mesma geração. Eles não eram filósofos, mas teriam alcançado um perfeito entendimento da existência e uma notável sabedoria prática das coisas. Seus ditos e conselhos compunham um verdadeiro manual para viver melhor. Muitas das suas máximas mais conhecidas – “Respeita teus amigos”, ou Rico é quem pouco deseja”, ou “Devolve o que te emprestaram”, ou ainda “Não julgues a vida de um homem antes do seu último dia”, entre outras, – não encontram mais ressonância nos dias atuais. Nem mesmo os preceitos especiais que gravaram no templo de Apolo escaparam da indiferença contemporânea.

Segundo a lenda, um dia os sete se reuniram em Delfos, para consagrar ao deus que regia aquele templo, os conselhos que eles consideravam mais valiosos para a vida de um homem de bem. Foi então que o vestíbulo do templo mais famoso da antiguidade passou a exibir inscrições como “Conheça-te a ti mesmo”, ‘Nada em excesso”, Lembra-te que és mortal” ou “Aprende a colher no momento certo”. É inacreditável que frases tão importantes como aquelas digam tão pouco para a mentalidade reinante hoje em dia.

São conselhos de boa conduta, não muito diferentes daqueles que graváramos para orientar nossos filhos. São máximas que, na Grécia antiga e atualmente, têm o mesmo caráter ético e apontam na mesma direção: uma vida correta, baseada na moderação e no auto controle.

Para o homem moderno elas soam como ingênuas frases de almanaque. Mas isso só depõe contra os leitores de hoje, não contra quem as escreveu. Em todas as épocas, em todos os lugares, as respostas essenciais sempre foram e continuarão sendo as mesmas.

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