Os gregos que lutaram na batalha das Termópilas foram verdadeiros heróis. Ali um punhado de espartanos atrasou o avanço do gigantesco exército persa o suficiente para que as forças de toda a Grécia pudessem se arregimentar. O inimigo era Xerxes, filho de Dario, trazendo um exército tão fabuloso que os homens da retaguarda precisavam marchar cinco dias para reunirem-se aos que já tinham chegado. A lenda fala em um milhão de homens, mas os historiadores reduzem para 250.000 soldados. À sua frente, num estreito desfiladeiro junto à costa, Leônidas de Esparta, os aguardava no comando de 300 homens, que ele escolhera entre os jovens que já tinham um filho varão, sabendo que lutariam até a morte para garantir a glória eterna para os seus descendentes.
Xerxes esperava que os gregos desistiriam ao ver seu poderio. No entanto, um espião persa conseguiu observar secretamente o desfiladeiro e voltou com a perturbadora notícia que alguns espartanos faziam exercícios físicos enquanto outros lavavam e prendiam cuidadosamente os cabelos. Um grego que lhe ajudava sentenciou: "Senhor, aqueles lá vão morrer lutando, pois eles sempre se penteiam com apuro na véspera de uma grande empreitada". E não deu outra. No raiar do dia seguinte os adivinhos anunciaram para Leônidas que o destino dos gregos estava traçado. No combate do primeiro dia, ondas e ondas de soldados persas, impelidos a golpes de chicote, avançaram em vão contra a muralha humana que guardava o desfiladeiro, fazendo Xerxes compreender que seu exército tinha muito mais soldados mas muito menos homens que o oponente. Os gregos resistiram mais dois dias, até que os persas, guiados por um traidor chamado Efialtes, contornaram o desfiladeiro e atacaram por trás, exterminando os poucos sobreviventes, em cujo túmulo o poeta Simônides escreveu: "Estranho, vá dizer aos espartanos que nós jazemos aqui, obedecendo às suas ordens".
Xerxes esperava que os gregos desistiriam ao ver seu poderio. No entanto, um espião persa conseguiu observar secretamente o desfiladeiro e voltou com a perturbadora notícia que alguns espartanos faziam exercícios físicos enquanto outros lavavam e prendiam cuidadosamente os cabelos. Um grego que lhe ajudava sentenciou: "Senhor, aqueles lá vão morrer lutando, pois eles sempre se penteiam com apuro na véspera de uma grande empreitada". E não deu outra. No raiar do dia seguinte os adivinhos anunciaram para Leônidas que o destino dos gregos estava traçado. No combate do primeiro dia, ondas e ondas de soldados persas, impelidos a golpes de chicote, avançaram em vão contra a muralha humana que guardava o desfiladeiro, fazendo Xerxes compreender que seu exército tinha muito mais soldados mas muito menos homens que o oponente. Os gregos resistiram mais dois dias, até que os persas, guiados por um traidor chamado Efialtes, contornaram o desfiladeiro e atacaram por trás, exterminando os poucos sobreviventes, em cujo túmulo o poeta Simônides escreveu: "Estranho, vá dizer aos espartanos que nós jazemos aqui, obedecendo às suas ordens".
Vinte séculos depois, nos desfiladeiros modernos, o heroísmo ainda consiste nessa perseverança, nesse denodo, nessa insistente determinação de cumprir com o dever que a própria vida nos impõe, mesmo sabendo que, muitas vezes, essa luta pode ser em vão e que, mais cedo ou mais tarde, persas e traidores podem nos derrotar. Isso não importa pois, herói é quem pode dizer, como o velho marinheiro que dirigia Posêidon durante uma tempestade: "Ó deus dos mares, tu podes me poupar, se quiseres, ou podes me destruir, mas seja qual for tua decisão, vais me encontrar com o braço firme no leme deste navio".
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